Mulheres cearenses vivenciam troca de saberes no âmbito da saúde
Começa amanhã (25) a Feira de Saberes do Curso de Formação de Saúde para as Mulheres no Ceará. A atividade acontecerá durante o final de semana com a presença das educadoras e educandas que participaram da formação, uma iniciativa do coletivo de parlamentares mulheres da Câmara dos Deputados e a Escola de Governo – Fiocruz Brasília. O encontro pauta a socialização das experiências vividas e produzidas pelo grupo, será realizado no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, em Fortaleza.
De setembro até março, o Curso envolveu 61 mulheres indígenas, profissionais do sexo, quilombolas, pescadoras, urbanas e do campo, dividas em seis turmas das comunidades da Barra do Ceará, em Fortaleza; comunidade indígena Tapeba e Anacés, em Caucaia; quilombola, em Tauá; rural e urbana, em Russas; e rural e pesqueira, em Itapipoca. Nesse período foram realizadas diversas discussões em formato de lives que se desdobraram em atividades presenciais de interlocução com as comunidades. Entre os temas, a saúde das mulheres, economia solidária e feminista, direitos humanos e vigilância popular em saúde no atual contexto da pandemia.
O Curso Livre de Aperfeiçoamento em Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e Trabalho: com ênfase na saúde integral das mulheres, carinhosamente chamado de Curso de Formação de Saúde para as Mulheres, se propõe a fortalecer e valorizar as mulheres na construção de estratégias de enfrentamento à covid-19 e suas consequências em cada território.
Para a coordenadora da turma no Ceará, a médica Ana Paula Dias de Sá, a vivência no curso possibilitou olhar para o desafio cotidiano das mulheres, independente do contexto da pandemia. “Eles ainda são muito grandes, um simples sair de casa para participar de uma reunião de grupo, as horas de live, o tempo de ler, tudo e cada coisa requer um trabalho prévio, um empenho extra. Eu avalio que experiências como estas devem continuar existindo, fortalecendo e semeando a semente de um novo amanhã”.
Mesmo com as medidas sanitárias de combate à pandemia da Covid-19 sendo flexibilizadas no estado, a atividade acontecerá com a manutenção das ações de proteção, com as presenças apenas dos grupos envolvidos na formação, das autoridades locais e das lideranças sociais no âmbito da saúde e dos direitos das mulheres.