Rio Grande do Norte realiza Curso de Formação de Mulheres da Fiocruz
Voltar as notícias

Rio Grande do Norte realiza Curso de Formação de Mulheres da Fiocruz

Uma vez por semana 20 lideranças de cinco municípios e oito comunidades rurais de Mato Grande, no Rio Grande do Norte, pararam suas atividades e dedicaram parte do tempo para a formação política no campo da saúde coletiva. Elas fizeram parte do Curso Livre de Aperfeiçoamento em Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e Trabalho: com ênfase na saúde integral das mulheres, uma iniciativa da Fiocruz Brasília e a Comissão dos Direitos da Mulher.

Temas como a Saúde e Direitos Humanos para as Mulheres, Autogestão, Geração de renda e Economia para as Mulheres e Promoção e Vigilância da Saúde da Mulher foram discutidos com especialistas das áreas por meio de lives, oficinas presenciais e depois debatidos e multiplicados nas comunidades. Uma experiência formativa baseada nas pedagogias Freiriana e da Alternância, tempo aula e tempo comunidade.

A coordenadora do projeto e pesquisadora da Fiocruz Brasília, Virgínia Corrêa,  informa que essa formação é “uma conquista das mulheres potiguares num  trabalho coletivo que envolveu a formação e a articulação em torno da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas, das ações de Promoção e Vigilância em Saúde e da construção de ações para a Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis”.

Para a coordenadora no Estado, Marialda Moura da Silva, o Curso possibilitou estimular e fortalecer a auto-organização das mulheres, a busca coletiva para superação de problemas vivenciados por elas e o enfrentamento dos agravos e desdobramentos da pandemia do coronavírus e de futuras pandemias. “Essa formação em saúde para as mulheres é uma oportunidade, uma estratégia, à medida em que possibilita o diálogo, a troca de experiência, o reencontrar-se nas atividades coletivas e presenciais”, afirma.

E educanda Maria Nilma Gonzaga dos Santos, do município de São Miguel do Gostoso, destaca os conhecimentos sobre a alimentação saudável apreendidos durante a formação. “Se eu tenho uma alimentação saudável isso vai resultar numa melhor qualidade de vida, vai me dar condições de ser saudável e se eu trabalho com isso, vou ter autonomia e conquistar outras coisas”, afirma. A dimensão da alimentação agroecológica e a economia feministas foram temas discutidos durante o segundo módulo.

O Curso de Formação de Saúde para as Mulheres se propõe a contribuir na formação de multiplicadoras em Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e Trabalho com ênfase na Saúde Integral das Mulheres. No Rio Grande do Norte ele é um desdobramento da etapa que aconteceu anteriormente em Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e Tocantins e envolveu mais de 400 mulheres.

No Rio Grande do Norte contou com a parceria  do Programa em Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) e do Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS) da Fiocruz, com as Secretarias Estaduais de Saúde e Agricultura e Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados além dos movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Marcha Mundial das Mulheres, a Rede Xique Xique, o Centro Feminista 08 de Março, a Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC) e o Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE).